Ruínas
Detalhe de um edifício arruinado no centro histórico de Chaves.
Sendo até à década de 1970 uma zona plenamente habitada por uma população que ia desde a infância à terceira idade, o actual centro histórico de Chaves, depois da hora de encerramento das poucas lojas que ainda ali subsistem, parece uma zona fantasma.
Pontualmente animado pela frequência nocturna de alguns bares, esse centro histórico não deixa de ser assombrado pelo aparecimento de outros fantasmas que surgem recorrentemente entre alguma dessa animação.
O despovoamento e abandono dos centros urbanos históricos não é exclusivo de Chaves nem das cidades ou vilas portuguesas. Acontece um pouco por todo o mundo ocidental, desde meados do século XX, particularmente nas cidades de pequena e média dimensão.
O que é intrigante e paradoxal é que, supostamente, esse abandono deveria ser mais controlável e passível de ser contrabalançado em pequenos centros urbanos.
Em Portugal, infelizmente, seja qual for a orientação política das autarquias, isso parece não acontecer, e a história das últimas três décadas tem sido uma história de abandono e decréscimo demográfico.
Com a pequena e eventual excepção, é claro, daqueles centros que, apesar de tudo, são Património Mundial consagrado.
Mas, afinal, não será qualquer centro urbano um património mundial merecedor de ter condignamente preservada a sua herança material e imaterial?
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